BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE E BOA SORTE. QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE NOS ILUMINE HOJE E SEMPRE.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
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O CORAÇÃO E O VERBO CHOVER




 
 
 
Ambos são intransmissíveis. O verbo chover é intransitivo. Para ele inexiste a primeira, segunda ou terceira pessoa. Não existe “eu vou chover” ou “ele choverá”
Em versos poéticos podemos até afirmar que “doamos o nosso coração”; “que entregamos o coração”.
Vejam que romântico: “A ti doei o meu coração”. “O meu coração é todo seu”. Mas que nada. É apenas poesia.
Como eu disse e afirmo sem medo de errar o coração, assim como o verbo chover são intransmissíveis. Para eles não existe partilha física.
Ninguém tem o dom de sair por aí anunciando que “Eu vou chover hoje”, “Eu choverei amanhã      “.
Igualmente um ser humano só pode consumar a doação do seu coração após a morte física, posto que seja impossível extrair um coração de quem ainda está vivo para transplantar em outra pessoa.
Numa coisa os poetas tinham razão quando disseram: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. “Não choverei por que não sou de chover e também por que a chuva não está em mim”.
 
(Clementino, poeta e músico de São Sebastião - SP/BR.).


 
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 16/02/2023
Alterado em 18/02/2023
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