A FELICIDADE VEIO MORAR COMIGO
O que é que eu faço agora? Estava tão triste e indeciso quanto ao rumo que daria à minha vida. Sem vigília, desprovido de sentimentos edificantes, ali, no negrume da noite eu era uma presa fácil a qualquer obsessor. Qualquer desvio de pensamento seria fatal.
Indagando mentalmente perguntava-me que caminho eu deveria escolher, vez que uma terrível escuridão assolava os meus olhos fazendo do meu coração uma peteca no ar rebatida com veemência por diversas raquetes?
Mas ali bem perto, em qualquer lugar indefinido, uma voz forte invadia os meus ouvidos insistindo em que eu deveria abrir os olhos para melhor enxergar o meu próprio destino.
Levanta esse astral caro amigo poeta. Cheguei e ficarei aqui para te ajudar. Só tem uma coisa importante: Quero ficar e morar contigo doravante. Posso?
Confuso, perguntei mentalmente mais uma vez: Quem tu és? Por que queres morar comigo? Então a voz alterou-se. Não me reconheces? Eu sou a Felicidade. Vi que estavas triste e desolado, por isso vim fazer-te companhia. Vamos ser felizes juntos?
Pronto. Aceitei morar com a felicidade. Até agora estamos nos dando bem pra caramba.