SUGIRO – VIROU NOME PRÓPRIO
Há muito tempo passado, coisa de uns setenta anos, ouvi num salão um barbeiro (antigamente não se falava em cabeleireiro, era barbeiro mesmo) contando o seguinte causo:
Logo após a guerra o governo federal determinou por lei que ninguém podia registrar seus filhos tão somente com nomes estrangeiros. Tinha obrigatoriamente que ter um nome brasileiro.
O senhor japonês foi ao cartório registrar o seu filho que acabara de nascer. Lá chegando procurou o tabelião e indicou o nome que queria dar ao filho: Tatsuo Tanaka. O tabelião o fitou de cima abaixo e respondeu:
- Não. Não posso registrar a criança com esse nome. A lei não permite. O senhor só pode colocar nome brasileiro.
O japonês que quase nada entendia em português perguntou: então, que nome eu coloca no meu filho?
O tabelião, paciente e educado respondeu: “eu sugiro um nome bem comum usado aqui no brasil. Exemplo: José, João, Pedro. No que o japonês completou:
- Isso. Sugiro José. É um nome bonito, ne? Assim ficou Sugiro José Tanaka
Sugiro que prestem bem atenção no uso dos verbos, principalmente quando falar com estrangeiros.