CHOREI
Chorei. Sim, chorei e muito. Mas não foi apenas um choro qualquer. Foi um choro feliz.
Sabe aquele choro que se desenvolve num cavaquinho, num bandolim, numa flauta, num violão ou em outro instrumento, cujas lágrimas combinam e contrastam com o brilho dos nossos olhos?
Sabe aquele choro bendito que invade o coração da gente com alegria e paz?
Sim. Foi assim que chorei ao pressentir o amor vibrar cada vez mais dentro do meu coração todo cheio de esperança e fé.
Chorar faz bem e purifica a alma. Eleva-nos, remetendo-nos a um paraíso existente, ainda que fictício. Chorar de alegria e por prazer por conta de algo bom que nos aconteceu é edificante.
Contudo, devo alertar que aquele choro de ódio, de vontade de vingança, de raiva, de deboche, de despeito, de inveja, de cobiça de coisa alheia, de desilusão e tantos outros choros infundados só fazem mal ao corpo e a alma.
Enfim, chorei e muito. Sabem de que? De rir.