CONTROVERSAS DO PODER
Tenho sido recorrente em afirmar que querer não é, nunca foi e nunca será poder, com o que acabo criando discórdias com alguns amigos.
Eu entendo que a palavra poder é extremamente abrangente dentro no nosso vocabulário. Poder significa muito. Vejam: Poder é um verbo transitivo direto ao mesmo tempo em que pode ser conjugado como intransitivo. Exemplo: Antônio tem capacidade e autonomia (poder) para decidir sobre aquelas terras.
A prefeitura enquanto um órgão publico tem o poder absoluto sobre o que fazer para melhorar a vida dos seus munícipes.
O presidente da república tem o poder, mas não governa sem a decisão do Congresso Nacional que é soberano. Os poderes constitucionais são que direcionam as ações governamentais.
Ah! Mas o poder é também um substantivo abstrato. Quem tem o dom do poder é quem pode decidir. O presidente da câmara dos deputados tem os seus poderes; o presidente do Senado Federal igualmente tem os seus poderes. Porém O Congresso Nacional se constitui com a união dessas duas casas e para isso é votado em eleição própria à nomeação de outro presidente, o qual terá o poder de decisão em suas mãos.
Já imaginaram que caos se instalaria se todos nós quiséssemos receber ao mesmo tempo um prêmio da loteria e isso fosse poder? Claro, isso é manifestamente descabido.
Quando acontece uma competição esportiva como a copa do mundo que este ano será no Catar todos os países participantes querem ser campeões, porém apenas um país será. Onde se aplica aqui o “querer é poder”?
Desta forma eu continuo com a minha modesta teoria, qual seja: “Querer não é, nunca foi e nunca será poder, não obstante haja muitas coincidências de pessoas obstinadas que lutam com afinco para atingir seus objetivos. De certo que com as graças de Deus muitos são bem sucedidos. Mas não foi apenas por querer, mas sim, como uma bênção do Criador que os contemplam pela persistência, dedicação e zelo”.