SOLIDÃO ATROZ I
Diante da escuridão eu sempre encontro uma réstia de luz em algum lugar no horizonte ou uma estrela para me guiar.
Diante do calor escaldante do sol de verão eu sempre encontro a sombra de uma arvore para me proteger.
Diante de um emaranhado de caminhos incertos e desconhecidos eu sempre encontro um olho d’água ou um regato que me indicam por onde seguir.
Diante do açoite do frio massacrante das noites de inverno eu me agasalho nos fios imaginários dos teus cabelos sedosos e quentes que são suficientes para me aquecer.
Ah! Mas diante da tua ausência torturante nada consigo fazer a não ser me abraçar a essa insistente solidão atroz.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 10/08/2019
Alterado em 02/11/2019