ASSIM É O AMOR
Errado quem afirma que o seu amor por essa ou aquela pessoa morreu. O amor nunca morre. O verdadeiro amor ultrapassa fronteiras. Transcende ao infinito porque é da essência da alma. O amor é igual à matemática, qual seja: Perfeito. Sendo o amor visceral diretamente atrelado a cada pessoa não tem como morrer e nem se dividir enquanto o espírito estiver vivo.
Em parte nenhuma dos quatro cantos do mundo existe amor pela metade. Todavia, contudo, é natural amarmos fraternalmente centenas de milhares de pessoas concomitantemente. Mas em se tratando da vida conjugal entre duas pessoas, casadas ou não entre si, independentemente dos seus sexos, esse amor cantado e declamado em prosa e verso é único. Não tem como se extinguir, a menos que um dos dois esteja confuso e ainda aventurando.
Quem ama, ama por inteiro e sempre. O verdadeiro amor acompanha o seu bem amado diuturnamente durante as vinte e quatro horas do dia e do ano. Noventa e nove, mais nove por cento (99,9%) das separações conturbadas entre dois seres, sem diálogo e sem retorno se dão exatamente porque entre eles nunca existiu um amor firme e verdadeiro.
O amor jamais morrerá enquanto for sincero. Ele apenas se consagra quando as pessoas se amam mutuamente e estão abertas ao perdão, à tolerância, ao diálogo e sobre tudo, dispostos a mantê-lo eternamente com todas as adversidades e atribulações da vida. Nós seres vivos morremos fisicamente, mas a nossa alma e o nosso amor por tudo e por todos os que amamos não morre. Assim é o amor.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião – SP/BR.