OS PROFESSORES
O meu carinho e respeito para com os professores é ilimitado e infinito. Sou recorrente em afirmar que PROFESSOR é a primeira, única e mais importante de todas as profissões do mundo. Quem quiser pode tentar provar o contrário. Se conseguir...
Não existiria, ou melhor, não existe nenhuma outra profissão reconhecida com diploma de bacharelado sem que antes o cidadão tenha passado por uma escola pública ou privada e com as orientações determinantes de um professor.
E vou mais longe:
O (a) professor (a) primário (ensino fundamental) é o único esteio concreto nisso tudo. É na creche a partir dos quatro anos de idade, ou até menos que a criança começa a ter ideia de cidadania e começa seu aprendizado. O (a) professor (a) primário é quem alavanca a mente da criança dando-lhe dimensão dos primeiros passos.
Faço aqui uma comparação iniciando com uma pergunta:
- Numa partida de futebol quem é o mais importante? O jogador atacante que com maestria fez a jogada e sofreu a penalidade ou o jogador que marcou o gol cobrando o pênalti?
Eu tenho certeza absoluta que foi a jogada de quem sofreu a falta que originou a penalidade o mais importante. Ali ele iniciou e concluiu a sua missão enquanto atacante. Aquele que foi escolhido para cobrar a penalidade apenas estava dando continuidade à jogada. A sua contribuição só terá glória se marcar o gol. Até porque muitos batedores de pênaltis erram ou os goleiros defendem.
Assim são os professores primários ou do ensino fundamental. Eles dão o pontapé inicial disciplinando a criança até a infância e pré-adolescente, fornecendo todas as informações de que ela vai precisar para seguir em frente e escolher a área profissional que melhor lhe aprouver. Os demais professores, claro, de extrema relevância também, vão aprimorar esses ensinamentos até a fase final e conclusão da universidade.
Nos anos trinta, quarenta, cinquenta (século XX) nem para ser prefeito de uma cidade era necessário ter uma formação secundária ou acadêmica. Sei de casos registrados até de cidadãos analfabetos. Mas para ser médico, advogado, agente da segurança pública como delegado, promotor, etc. obrigatoriamente tinha que ter formação universitária. No entanto o ensino e as escolas eram muito caros. Poucos eram os que tinham condições de estudar. Além do mais tinha ainda os preconceitos e machismos que não permitiam as mulheres em escolas. Principalmente escolas públicas. Os senhores coronéis e donos de engenhos mandavam seus filhos estudar no exterior.
Hoje em dia é bem diferente. Para trabalhar de servente em afazeres braçais e rústicos se faz necessário o mínimo de escolaridade, qual seja: Ter pelo menos o ensino fundamental. Naqueles anos trinta, quarenta, cinquenta que eu citei a maioria dos trabalhadores (quase noventa por cento) eram analfabetos.
Enfim, toda e qualquer homenagem que façamos a essas almas abnegadas chamadas apenas de “professor” é muito pouco perto da sua grandeza. Espero que um dia, com bastante brevidade, seja eleito para presidente da república um cidadão que consiga enxergar essa discrepância que existe entre o poder público e os professores, dando-lhes o devido valor, com salários decentes e reconhecimentos pela suas importâncias.
Um professor (do ensino fundamental e ou primeiro grau), a meu ver jamais poderia ganhar menos do que dez salários mínimos e um professor de nível universitário trinta salários mínimos. E um político cabeça de bagre como temos nas vereanças, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional nunca deveria ter salário superior ao de um professor.
Vou usar um adágio popular:
"SEM PROFESSOR O BRASIL PÁRA".
Tomo a liberdade de comentar com vocês um detalhe que acho de extrema relevância: No Japão o professor sempre teve o melhor dos salários e é referenciado como uma autoridade máxima. Lá o professor é comparado a um magistrado ou um ministro. No Japão nenhum professor ganha menos do que um parlamentar. As minhas fontes para essa informação: a) Os meus sogros são japoneses naturais de Hiroshima e Província de Kagawa; Tenho cunhados e sobrinhos que moram no Japão e outros que moraram anos e anos, embora hoje estejam no Brasil. Tenho amigos pessoais que participam da vida política no Japão (não posso citar nomes). Portanto, não é invenção minha. Tenho o orgulho de informar a todos que o meu filho Cyro Massami é professor de educação física e técnico de esportes, trabalhando com crianças a partir dos seis até treze ou catorze anos de idade. Talvez os meus amigos leitores estejam pensando que escrevi essa matéria por conta de ter um professor na família, mas garanto que não é isso. Quem me conhece e já visitou o meu site sabe dessa minha posição até extremista desde adolescente. Na minha cidade quando eu concluí o ensino primário não existiam escolas científicas ou clássicas. Tínhamos uma escola de técnico em contabilidade (particular) e a ESCOLA NORMAL pública (hoje magistério). Por isso, antes de vir morar na região metropolitana da Grande São Paulo eu estudei dois anos na escola normal. E, desde o advento da máquina de escrever e agora os computadores eu escrevo matérias e mensagens sobre a importância dos professores. Podem conferir no meu site: “ www.clementinopoetaemusico.com “ Com esse texto em forma de crônica quero aqui render a minha homenagem a todos os professores do Brasil e do mundo, esperando que um dia, muito em breve esses abnegados profissionais voltem para um pedestal bem alto de onde jamais deveriam ter caídos. Sim. Lembro-me como se fosse hoje: Quando eu era criança de escola sabia que as três profissões mais bem pagas e reconhecidas eram: PROFESSORES, JUIZ DE DIREITO e FUNCIONÁRIOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL; Depois vinham os donos de cartórios, prefeitos, advogados, funcionários de bancos do Brasil e privados, etc.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião – SP/BR.
Guarulhos, 15 de outubro de 2017.