A COR DA ALMA E A COR DA PELE
A história nos conta e nos mostra que a abolição dos escravos se deu no dia treze de maio de mil oitocentos e oitenta e oito com a promulgação da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel. Mas isso foi aqui no Brasil.
Só que a escravidão se perpetuou tanto entre os povos do mundo inteiro por milhares de anos que ainda hoje dois mil e catorze anos depois de Cristo, em algum lugar do planeta sempre há um escravo independentemente da sua raça, cor, etnia e religião. Centenas ou milhares de escravos brancos, pretos, amarelos, vermelhos fogem diariamente de algum lugar para outro na esperança de encontrar paz.
Quanto à abolição da escravatura no Brasil que já completou cento e vinte e seis anos no dia treze de maio próximo passado nos deixou resquícios e os preconceitos permanecem no coração do homem por questões culturais e espirituais.
Do meu modestíssimo conhecimento de cristão observo que as próprias pessoas de cor é que criam os preconceitos para si, insistindo nesses movimentos políticos mentirosos e enganosos que em vez de unir os homens os separam. Nunca entendo o porquê, mas noto que é isso que acontece.
Da minha forma de ver, salvo melhor juízo, todos os dias do ano o homem precisa ter consciência de que nós somos irmãos perante o Deus, Pai Criador de todo o universo e que não há necessidade de comemorar um dia exclusivo só de CONSCIÊNCIA NEGRA.
Na minha cartilha espiritual está escrito que “A cor da Pele” nada tem a ver com a beleza e o caráter de um cidadão ou de uma cidadã. E mais, a “alma de todo ser humano” é incolor e manifestamente independente do corpo físico. Diríamos que a alma e o arco-íris são iguais, qual seja: Incolores. À distância você enxerga o arco-íris com sete cores, mas na medida em que dele nos aproximamos verificamos que é água pura, sem cor. Assim são as almas dos brancos, pretos, vermelhos, amarelos, etc. Que tal jogar fora todo e qualquer preconceito de cor?
Assim é que eu sempre procurei preservar a amizade e o amor de todos independentemente da sua cor, raça ou religião. Até porque muitos dos grandes personagens públicos, cantores, músicos, atletas e educadores com os quais eu convivi e convivo são de cores bem diferenciadas.
O meu querido e amado professor EUCLIDES FERREIRA era um negro de uma brancura impecável. A minha primeira professora, dona NINA, sobre a qual eu escrevi uma matéria (crônica) no mês passado é uma negra de um coração tão alvo que eu me sinto escuro perto dela.
A cor da alma e a cor da pele ninguém no mundo a não ser Deus e seu filho Jesus Cristo, nosso Salvador conseguiu decifrar. O que vemos com os nossos olhos ainda vendados por conta do nosso orgulho, fraquezas e imperfeição é apenas uma falsa pigmentação que jamais retrata a realidade.