OS TEMPOS MUDARAM E OS COSTUMES TAMBÉM
Antigamente, coisa de sessenta anos, quando um rapaz e uma moça se conheciam na escola, num baile ou numa festa e um se interessava pelo outro, o rapaz tomava a dianteira, se enchia de coragem e ia até a casa da jovem pedir a autorização dos seus pais para lhe fazer a corte (namorar).
Em caso positivo daquele dia em diante ambos estavam autorizados aos encontros, desde que fosse à sala, com a presença de todos ou pelo menos de uma pessoa responsável que pudesse monitorar passo a passo cada movimento do casal. Pro rapaz pegar na mão da moça era um sacrifício. Beijos então nem pensar.
Depois do namoro vinha o noivado com as alianças de compromisso sempre no dedo anular direito de ambos os nubentes. Chegado o dia tão esperado do casamento lá no altar o padre com a sua autoridade eclesiástica após as bênçãos autorizava os noivos a se beijar.
Pronto. Consumado o enlace vinha a lua de mel e o começo da vida a dois. Ambos seguem para a sua rotina normal de um casal, a começar pela prática do sexo. Em muitos casos esse dia que deveria ser glorioso, torna-se um dilema para ambos, justamente por falta de experiências e muitas informações que nunca tiveram.
Não era fácil não. Os caboclinhos que não queriam virgindade corriam pra zona tomar lições com as famosas mulheres de vida fácil (prostitutas). Alguns se apaixonavam e casavam por lá mesmo.
Mas os costumes mudaram tanto com o tempo que é hilário a gente contar: Primeiro os jovens já saem nus de casa para ir à praia. Lá chegando antes do tradicional mergulho acontece aquele encontro com a galera para tomar uma breja geladinha (afinal, ninguém é de ferro).
Bate papo vai, bate papo vem, a menina moça se engraça com um jovem e ele com ela, assim logo se dão as mãos, saem do meio da galera e vão para um lugar menos movimentado e já se atracam num beijo de língua fodido. Sai até faísca. Dependendo da praia nela mesma, dentro da água já rola um sexo rapidinho de aperitivo até chegarem num motel mais próximo.
Depois então é que ambos se apresentam e dizem os seus nomes. Trocam os números de telefones e respectivos endereços se estão a fim de repetir a dose. Em caso contrário tudo termina ali mesmo, sem mágoas, sem ressentimentos.
No caso dos encontros se repetirem muitas outras vezes então ambos começam a ter interesses comuns e do nada juntam suas tralhas, suas escovas de dentes e vão para um apartamento alugado ou não morar juntos. Passados dois ou três anos, se rolou legal a convivência entre ambos e vieram os rebentos (filhos) aí sim, é hora de se casarem.
Em números redondos, atualmente o casamento fica sempre para o último plano, enquanto que antigamente era sempre o primeiro dos planos, principalmente das mulheres.
Agora, cá pra nós, que é bem gostoso comer um pedacinho da fruta antes que os bicudos cheguem perto é não é mesmo? Se você começa sair com uma garota e não tratar de dar logo um trato e ficar esperando, o Ricardão vem e passa o rodo rapidinho. Os caras comem mesmo e não adianta chorar.
Em fim, os tempos mudaram tanto e os costumes mais ainda. Se bobear até alguns papas fazem das suas estripulias. Padres já se casam até entre eles. Complicado isso, mas é verdade. É bom a gente nem continuar nesse assunto. Bye bye friends.