A ROSA NA MÃO, UM LENÇO E UM PÃO.
Com uma rosa na mão direita
Aquele ser iluminado sorria.
Olhava-me como quem espreita,
Um mágico em plena magia.
Mostrando porque nunca aceita,
Qualquer ilusão à sua revelia.
Eu tão somente acenava triste,
Estático, tendo um lenço na mão.
Sabia enfim, que o adeus existe,
Mas a amava de todo o coração.
E porque esse amor persiste,
É mais dolorosa a separação.
Comigo sobrou o lenço e um pão
O trem partiu e o meu amor também.
Eu sem a rosa era tão só confusão
O lenço e o pão já não eram de ninguém.
A Rosa espinhou o meu coração,
Mesmo sabendo que eu sou o seu bem.