TELA COMPLETA
Deitamos, namoramos e dormimos ao som da chuva forte que caía.
Aquele momento era mágico e só nosso. O mundo e a vida nos sorriam.
E dormindo, claro, os nossos mundos individualizados vieram à tona.
Assim, em espírito e volátil, cada um de nós viajou noite adentro no infinito.
Não sei para quais ou quais paragens ela fora, mas sei que voltou feliz.
E feliz também me encontrou, posto que a minha viagem fosse promissora.
Os raios do sol entraram no quarto pelos caixilhos da janela logo que amanheceu.
Aliás, o sol não se fez de rogado. Iluminou-nos por inteiro nos dando mais vida.
Nas folhas mais largas e profundas de algumas plantas muitos pingos permaneceram.
E, na medida em que os raios do sol os avançavam gotejavam para o chão.
E nessa dança dos pingos da chuva que ficaram alguns pássaros se banhavam.
A tela do amor, da vida e dos encantos da natureza ali estava completa e bela.