A LIBERDADE DA BORBOLETA
Voa bela borboleta. Vai para bem longe. Você tem todo o espaço vazio à sua frente, além das asas e toda liberdade para voar.
Certamente encontrará centenas de outras flores ainda carentes de polinização, com seus fulcros bem melados e até pegajosos aguardando o pouso de um inseto qualquer. Por isso não se prenda.
Deixa-me estático de olhos abertos só admirando a sua beleza e os seus movimentos inconfundíveis tão harmônicos quanto à própria luz do sol que se faz presente. Mostra no ar a sua beleza que se confunde com as flores.
Vai minha linda borboleta. Abre suas asas multicoloridas e esqueça que há pouco tempo era apenas uma lagarta dentro de um casulo. Mas que nunca esteve presa a nada e a ninguém.
Lembre apenas que este zangão que se manifesta continua inteiramente dominado pela sua graça e beleza e jamais iria ferroar uma espécie tão linda como você enquanto borboleta.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 17/06/2014
Alterado em 08/04/2019