VESOS MIUDOS E FRÁGEIS
Oia aqui sinhá minina o que sobrô di mim...
Nada. Nadica di nada. Só um Coração em cacos.
Diga pra mim pru quê esse martrato cumigo?
O que foi que eu fiz pro cê se só ti amei?
Me dediquei pro cê tudo dia, toda hora,
Faiz tempo qui eu nem vivo mais pra mim.
Diga minininha mimada do patrãozinho,
O que ocê qué pra devorvê o meu coração inteiro?
O qui é qui ocê pode fazê pra e acarmá agora?
Oia bem pra eu, nos meus zóios e diga sinceramente: Ocê se injoô desse matuto sincero e amante que é capaz de morrê por causa do seu amor?
Falo agora nesses versos miúdos e frágeis,
Tirados du meu coração tão palpitante,
Que saem dessa boca espumante e falante,
Sem rima, sem sentidos, istonteantes
Mas com verdades puras embora ingnorantes,
De um matuto, cabra xucro, porém amante.