POESIA EM TELA
Como que anunciasse: Aqui estou chegando. Brilhante e suntuoso, o sol despontava desvirginando a madrugada que lentamente se abria para recebê-lo.
Os seus raios não tão longos naquele momento, ainda assim eram capazes de pratear os rios, mares e montanhas, formando uma tela digna de inveja para o mais renomado dos artistas.
Ah!!! Mas a nossa lua, musa inspiradora de todos os poetas, músicos, atores, cantores, andantes, amantes e errantes, displicente e lentamente adentrava no infinito em direção ao oriente anunciando soberba que logo mais à noite estaria de volta.
À beira-mar os pescadores, banhistas e esportistas preparavam seus equipamentos para iniciar suas atividades diárias enquanto circulavam juntamente com os demais freqüentadores, os quais por sua vez procuravam o melhor lugar para instalar seus apetrechos e barracas de praia.
Num pequeno bosque onde existia um mini jardim botânico, porém espesso e bem florido colado ao jundú, os pássaros numa sinfonia diariamente anunciada, faziam de certa forma uma algazarra para receber o novo dia.
Do meu observador divisei o meu amor chegando. Daquele momento em diante toda beleza ficava para segundo plano. Junto nos amamos, olhávamos e víamos tudo, mas sem enxergar nada.
A linda tela natural ficou gravada na minha mente para agora poeticamente tentar reproduzi-la.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 28/12/2013
Alterado em 28/12/2013