DOCES LEMBRANÇAS
Vendo-te agora com esse olhar calmo, cútis rosadas e o sorriso tão peculiar do passado me vêm à mente a doce lembrança de quando éramos duas crianças inocentes simplesmente vivendo.
Brincávamos com qualquer objeto que nos tivessem ao alcance. Pião, bola, carrinho, bonecas, bolinha de gude, tacos de Beth, etc. Tudo valia e era natural para dois seres despreocupados com o mundo.
Ah! Aquelas coisas gostosas que comprávamos no armazém do seu Antonio Flórida, como paçoquinha, rebuçados, melaços, doce de leite, doce de banana e tantas outras guloseimas deliciosas.
Lembro-me do canto dos pássaros diversos que ouvíamos e das lindíssimas borboletas azuis e multicoloridas que víamos pelo carreador da escola, todo florido naturalmente por “Onze Horas”, Hibiscos, Lírios do Campo, Orquídeas e tantas outras flores campestres.
Vendo-te agora tão meiga ao meu lado, comigo dividindo um teto e a vida, buscando nosso bem estar e o bem estar dos nossos rebentos e entes queridos, guardo com carinho a doce lembrança das tuas tranças tão bem feitas que te fizesses sempre linda.
Ah! Quão doces são essas lembranças. Como fui e sou feliz por ter esse compromisso para com Deus de ser o teu protetor aqui na Terra. Quisera eu que todos os homens tivessem esse privilégio.
Nota do autor:
Carreador é o mesmo que caminho ou servidão de passagem, estrada de carro de boi, picada, trilha de passagem no cafezal, etc.