COMO SIMBIOSE
Tantas promessas e tantos carinhos.
Instantes inenarráveis de tanto prazer.
Nossos corpos determinavam tudo,
Impedindo-nos de pensar em outra coisa,
Que não a mútua entrega feito dois animais,
Num cio total se embrenhando nas carnes.
Tantas promessas de vida cheia de amor.
Tanta esperança de que a tristeza não viesse.
Incontidos, planos mirabolantes traçamos,
Engalfinhados um no outra como simbiose.
Assim o tempo desandou noite adentro,
Controlando-nos sem nos deixar escolha.
Passado a euforia as cortinas se abrem.
Um novo dia recomeça prenunciando paz.
Dividimos nosso carinho equitativamente.
Carinhos esses há muito em nós represados.
E agora meu amor, o que será da gente?
Se realmente consumarmos a separação...
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 23/08/2013