LINGUAGEM DE MATUTO
O matuto chega num armazém e dirigindo-se ao balconista com um sorriso estampado no rosto alegremente pergunta:
- Seu moço o sinhô tem aí uns dois sonrisor pra me vendê?
O rapaz mirou bem de alto a baixo aquele cidadão e com ar de gozação respondeu:
- Não eu não tenho sonrisor. Mas tenho sal de fruta e também Lacto Pulga.
O matuto pergunta de novo:
- O que é sar de fruta e o que é esse tar de lacto purga e pra que serve tudo?
- Um serve pro estômago e o outro serve pra controlar o intestino.
O matuto dá uma gargalhada e diz:
- Óia aqui seu moço: se quisesse cagá eu priguntava pelo mictório. Num pricisa mai de nadica de nada. Já passou a minha queimação.
Nisso entrou um cara grandão com sotaque estrangeiro e perguntou pro mesmo balconista:
- O mister me da um caixa fosforros.
O rapaz apanhou uma caixa de fósforos e entregou para o freguês.
O matuto inconformado resmungou alto:
- Eita caboclo burro esse. Num sabe nem falar forfis.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 31/07/2013