RECORRENDO AOS CEUS
Ok. Desisto. Não pedirei mais para que tu voltes.
Parece que a minha insistência te importuna.
Eu julguei fazer um grande bem te amando tanto;
Pensei que da nossa união restavam resíduos bons.
Amar-te tornou-se um sacerdócio para mim tão só.
Ao longo do tempo acostumei com tudo de ti.
Teus olhos, teus lábios, tua boca, teu corpo, teu rosto;
O teu andar elegante, a tua simplicidade no olhar;
E sobre tudo, o teu jeito especial quando nos entregávamos na nossa intimidade. Aqueles momentos eram mágicos.
Nunca, em nenhum instante, alguém poderá te substituir.
Mesmo assim, por amar-te tanto estou me conformando.
O que me reconforta é a certeza de que um dia tu me quiseste.
Recorro aos céus para que consiga esquecer-te, visto saber ser uma tarefa difícil. Ainda assim sonho com outras decisões do alto em meu favor.
Afinal, não podemos descartar do nosso coração um sentimento tão verdadeiro e intenso. O tempo material é muito curto.
Não se trata de jogar um simples vasilhame “Pet” ao fundo do mar.
É uma vida, um homem, um coração que se evapora lentamente.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 28/07/2013