MÉ PRA LÁ, MÉ PRA CÁ
O bode bravo brigou com a cabra
E colocou a cabritada em pavoroso.
“Do mé pra lá, mé pra cá” até sobra
O uivo de um cachorrinho medroso.
Assustados os bichos e até a cobra
Correm buscando esconderijo novo.
A bicharada no meio da bagunça
Faz daquele quintal uma quizumba.
Os cachorros latem e gatos miam,
Os galos e galinhas cacarejam,
Os cavalos no pasto relincham,
E um macaco pula tocando zabumba.
O conflito estava generalizado.
Os cabritos não paravam de berrar.
O bode que tudo tinha começado,
Ralhava com a sua cabra pra parar.
E como entre bichos não existe ódio
Todos e tudo voltam para o seu lugar.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 07/07/2013
Alterado em 07/07/2013