A CRIANÇA
Quando está com fome, a criança quer comer e pronto. Ela não tem noção de local onde está e nem de hora, se é dia, tarde ou noite.
A criança não sabe se é branca, preta, amarela ou vermelha e muito menos se é rica, pobre ou remediada.
Uma criança de zero a três anos de idade, a rigor, salvo exceções, uma vez que existem as genialidades prematuras, não sabe distinguir status sociais. Não imagina que seus pais sejam matutos e ignorantes, intelectuais ou cientistas, ricos ou pobres. Não sabe se nasceu e mora numa mansão ou numa tapera.
E a verdade é uma só. As crianças são iguaizinhas em qualquer parte do planeta. Não tem noção da vida tal como é. Apenas tem instintos de sobrevivência.
Assim sendo, talvez o que estou a dizer seja mera redundância, cem por cento da responsabilidade por uma criança são dos pais ou descendentes mais próximos. Claro, incluem-se nesse rol os amigos da família e qualquer outro ser humano dela responsável.
Não sou formado em ciência física ou biológica. Não sou nutricionista, cardiologista, psicanalista, psicólogo e muito menos pediatra, por isso posso estar enganado. Mesmo assim ouso aqui dizer:
A barriguinha de uma criança quando começa doer de fome envia mensagem ao seu pequenino cérebro, o qual por sua vez transmite à boca e esta aos olhos, de tal forma que nasce inevitavelmente o choro e o pedido de comida. Isso tudo em milésima fração de segundo. Por isso necessita de atendimento. O mais rápido possível.
Conforme dissemos antes, a obrigação do adulto, seja quem for que esteja ao seu lado, é atender a criança e pronto. Nós os adultos podemos e sabemos esperar e a quem recorrer. A criança não.
E mais: Ter o discernimento para entender que muitas vezes a fome de uma criança advenha de carência afetiva. Nada que um colo, um afago e um beijo não possam curar.