PERSISTÊNCIA
Uma ferida abriu-se em mim,
Na noite fria em que a perdi.
E essa dor parece não ter fim,
Mesmo assim eu nunca desisti.
Rezei, cantei e toco meu clarim,
A esperança me mantém aqui.
Toda perda sempre nos maltrata,
Mas também nos ajuda refletir.
Porque que a saudade é ingrata,
Mas não nos transforma em mártir.
Por isso que essa dor tão chata,
Não vai me obrigar daqui partir.
Essa persistência tem nome.
Chama-se esperança e amor.
Por ela passei frio e fome,
Mantendo nas mãos uma linda flor.
Com ela mostrarei como homem,
Que a vida a dois tem mais sabor.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 30/03/2013
Alterado em 30/03/2013