BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE E BOA SORTE. QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE NOS ILUMINE HOJE E SEMPRE.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
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Textos
                   CONVERSA REJEITADA                


   

                    Hoje foi para mim um dia bem diferente.
                    Logo ao amanhecer quis conversar com o sol. Mas ele soberano no alto da montanha imediatamente cortou as  minhas pretensões de conversa, falando:
          - Pára  com essa conversa tola. Deixa de bobagem. Até imagino o que  tu queres me dizer.
                    Espantado perguntei, olhando para a montanha, donde a metade dele ainda estava  escondida e a outra  metade.
encarando-me sorridente:
          - Mas por que meu sol, meu rei. Isso é jeito de falar com um terráqueo que gosta tanto de você?
                    Descortinando-se mais um pouco me respondeu:
          - Porque  sobre mim , sobre o amor, seus encantos e desencantos, sobre a luz, o céu, o mar, as nuvens, o vento, o tempo, o dia, a noite, os rios, as cascatas, os bosques, os campos, as flores, os pássaros e os seus cantos, as canções de amor, o lirismo e os beijos da mulher amada, as  borboletas, etc.
tu deves dialogar com a lua.
          - Ela é romântica, entende e gosta de ouvir essas baboseiras todas. Não existe ninguém melhor que a lua, capaz de abordar esse assunto de amor com tanto conhecimento e clareza. Além do que, a lua é fria. Muito fria. Esquenta-se com o meu calor. Usa os meus raios para manter o seu clarão.  Por isso certamente te entenderá.
                      Vai rápido e procura a lua. Ela está minguada por enquanto. Quando estiver cheia te ouvirá.
                    Diante desta resposta pus-me de sobre aviso; engendrando mentalmente uma forma de me dirigir à lua com as
minhas indagações e curiosidades.
                    Mal acabei de registrar tudo no meu pequenino cérebro cheio de dúvidas face a grandeza do sol e a recusa de conversar ouvi uma voz bem potente falando, dirigindo-se à esse escrevinhador:
          - Eu sou a chuva. Estou aqui para te molhar. Vim para atrapalhar os teus planos de conquistas, passeio na praia, campos e bosques. Pelo menos hoje. Pode olhar. O sol até se mandou e a lua hoje não virá. Esse sol é de inverno e a lua é minguante e esta noite será tão escura e fria quanto a resposta do sol que você gosta
          - Que pena! Vai dormir de novo ou levanta-se de uma vez. O dia vai raiar comigo e não com o sol. Ah! Ah! Ah! Ah. Terás que me curtir o dia inteiro.

 
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 25/02/2013
Alterado em 01/03/2013
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