BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE E BOA SORTE. QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE NOS ILUMINE HOJE E SEMPRE.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
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Textos
MEROS ESCRAVOS
 
 
 
Instalou-se em mim como um cipó,
Apertando nossos corpos desnudos.
Tal qual um galho sarmento e sem dó,
Ofereceu-me seus lábios carnudos.
Num lagar, feito uma pedra de mó,
Entregamos-nos, pois ficamos mudos.
 
E nesse frenesi inexorável,
Nada mais interessava na hora.
Era-mos uma simbiose imóvel,
Tudo o mais se fundia agora.
Aquele momento era adorável.
Para nos amar sem pressa. Sem hora.
 
Os sussurros eram imperceptíveis;
Momentaneamente como bravos.
Sabendo dos nossos corpos falíveis,
Misturávamos como rosas e cravos,
Que se degradam por coisas fungíveis,
Mas que do amor são meros escravos.
 
 
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 20/02/2013
Alterado em 20/02/2013
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