SOLIDÃO ATROZ III
O vento soprava vadio, quase assoviando.As taquaras se esbarravam umas nas outras,Produzindo um som estridente quase fúnebre.A noite era um só breu, tétrica e assustadora.Nas touceiras nada se via a não ser pirilampos.E ali estávamos eu e a minha eterna saudade.
O som do zéfiro fundia-se a sinfonia do taquaral.O que mais podia fazer ali, a não se embebedar?O momento convidava a uma bebida quente.Bebericando a saudade eu contemplava o nada,Porque no ambiente nada tinha a contemplar.A não ser a solidão atroz e o negrume do lugar.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 25/01/2013
Alterado em 02/11/2019