CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
Textos
A SOLIDÃO MACHUCA MAS NÃO MATA
Foi embora me deixando um vazio.
Na sua partida me despedi da alegria.
A vida e o mundo perderam seus encantos.
Nada mais me interessava a não ser lamuriar.
Ainda mais pra mim, um pobre sonhador.
Um poeta romântico, mas inoperante.
Assim ocioso e vagabundo me tornei.
Pra que trabalhar e ganhar alguns trocados?
Pra que manter uma casa repleta de tudo?
Quinquilharias, moveis, panelas e coisas fúteis.
Não iria mesmo usar mais nada daquilo!
Afinal, pra que comer e beber se estava só?
Mas nesse impasse, na calada da noite,
Do nada, uma voz sussurrou-me no ouvido:
- É meu irmão, a vida não é só isso.
- Existem milhares de motivos para se viver.
- A solidão pode até machucar, mas não mata.
- Volte para o mundo e aceite a vida tal como é.
Sonhei? Não, não sonhei. Estou bem acordado.
Olho para o espelho e me vejo desgrenhado.
Que lástima. E bem consciente me pergunto:
Porque essa entrega ao infortúnio à toa?
Essa voz que não sei de onde vem tem razão.
Cambaleando abri os olhos e voltei. Agora mais feliz.
Foi embora me deixando um vazio.
Na sua partida me despedi da alegria.
A vida e o mundo perderam seus encantos.
Nada mais me interessava a não ser lamuriar.
Ainda mais pra mim, um pobre sonhador.
Um poeta romântico, mas inoperante.
Assim ocioso e vagabundo me tornei.
Pra que trabalhar e ganhar alguns trocados?
Pra que manter uma casa repleta de tudo?
Quinquilharias, moveis, panelas e coisas fúteis.
Não iria mesmo usar mais nada daquilo!
Afinal, pra que comer e beber se estava só?
Mas nesse impasse, na calada da noite,
Do nada, uma voz sussurrou-me no ouvido:
- É meu irmão, a vida não é só isso.
- Existem milhares de motivos para se viver.
- A solidão pode até machucar, mas não mata.
- Volte para o mundo e aceite a vida tal como é.
Sonhei? Não, não sonhei. Estou bem acordado.
Olho para o espelho e me vejo desgrenhado.
Que lástima. E bem consciente me pergunto:
Porque essa entrega ao infortúnio à toa?
Essa voz que não sei de onde vem tem razão.
Cambaleando abri os olhos e voltei. Agora mais feliz.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 22/01/2013
Alterado em 22/01/2013
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