O PASSADO PRESENTE
Que a vida nos prega muitas peças no decorrer da nossa existência, disto ninguém tem dúvida. Agora, que precisamos morrer muitas vezes e renascer tantas outras até atingirmos um grau mínimo de evolução e discernimento da própria vida, capaz de nos colocar em condições de aproximar-nos do Pai Criador aí é diferente. Quase nenhum de nós entende estes mecanismos. E engraçado que quanto mais culto e instruído, mais se duvida e se distancia de Deus.
...Pois é. Nesta maravilhosa e agradabilíssima existência, agora, aos sessenta e sete anos de idade descobri que as pessoas que mais me ensinaram foram os meus pais, os meus avós e bisavós paternas e maternas. Isso seria muito natural, não fossem as suas origens. Eram matutos e analfabetos. Conselhos que eles nos deram e frases que pronunciaram a sessenta anos atrás, das quais me lembro bem e me vêem à mente e aos ouvidos a todo instante me fazem refletir sobre o preâmbulo anterior.
Uma mini árvore:
O meu bisavô paterno Stefno ou Estefano Felicio era italiano; o meu bisavô materno Jordão Peró era espanhol; A minha bisavó paterna era brasileira, filha de italiano e portugues; a minha bisavó materna era índia bugre. O meu avô paterno era português e o meu avô materno era brasileiro, filho de espanhol com índia bugre; a minha avó paterna era índia bugre e a minha avó materna era brasileira matuta. Os meus avós maternos eram matutos naturais do Bairro Alto, um lugarejo que até hoje pertence ao município e comarca de Paraibuna – SP. Aliás, todos os meus ancestrais eram radicados naquela região de Bairro Alto ou Natividade da Serra, exatamente na parte mais alta (um platô) da Serra do Mar, onde os índios bugres e tupi-guaranis habitavam e mantinham as suas Aldeias. Meus pais matutos respectivamente de Natividade da Serra e Bairro Alto. Quem desejar inclusive saber mais, basta pesquisar na região e nos cartórios os nomes de Jordão Peró, José Felício, Stefno ou Estefano Felício, João Lopes, Juca Lopes, João Faustino; Benedito Faustino, Maria Silva, Benedita Rodrigues, Lazária Rodrigues, Benedito Jordão e alguns outros que completariam uma árvore de mais de quinhentos nomes.
Porém o meu objetivo aqui é passar uma mensagem que julgo pertinente e bem oportuna, face às diversas modificações que o nosso planeta vem sofrendo a cada segundo:
“ Não devemos em hipótese alguma ser retrógrados e prender-nos ao passado, principalmente para remoer os incidentes e momentos ruins das nossas vidas. Mas devemos sim voltar ao passado para recordar os momentos bons e todo ensinamento que recebemos, ainda que naquele momento os tivéssemos descartado e refugados “.