CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
Textos
O DESENLACE
Estava displicente olhando o movimento.
De repente vi uma flor em forma de mulher;
Ou era uma mulher em forma de flor?
De olhos arregalados busquei cada detalhe
Que belo exemplar da espécie. Que colírio...
Da janela eu apenas conseguir admirar e suspirar.
Que monumento, que flor, que mulher...
Quase pulei dali mesmo meio que hipnotizado.
Alucinado seguia os movimentos daquela belezura.
Do nada aquele vulto formoso sumiu dos meus olhos.
E eu já estava ensaiando um palavrão pra reclamar,
Eis que bem à minha frente ela me apareceu.
Que mulher linda! Que maravilha de fêmea!
Belisquei-me pra ver se estava dormindo.
Aquela aparição era coisa de outro mundo.
O que faria uma mulher tão linda ali?
Consegui, num esforço, apenas gaguejar:
- Como foi que chegaste até aqui, lindeza?
- Vim te buscar meu querido, pra passearmos.
- Vamos de hoje em diante caminhar nas nuvens.
- Temos uma longa estrada para percorrer.
- O nosso tempo aqui na terra terminou agora.
Agarrei-me no catre da cama como louco.
Tarde demais. Gritar não adiantou. Fuiiiiiiii.
Talvez, como eu, ninguém imagine,
O formato e o momento da partida.
Dependerá muito da nossa evolução.
Assim como nascemos morreremos.
O desenlace pode ser dolorido ou não.
Com ternura, paz e amor são para poucos.
De repente vi uma flor em forma de mulher;
Ou era uma mulher em forma de flor?
De olhos arregalados busquei cada detalhe
Que belo exemplar da espécie. Que colírio...
Da janela eu apenas conseguir admirar e suspirar.
Que monumento, que flor, que mulher...
Quase pulei dali mesmo meio que hipnotizado.
Alucinado seguia os movimentos daquela belezura.
Do nada aquele vulto formoso sumiu dos meus olhos.
E eu já estava ensaiando um palavrão pra reclamar,
Eis que bem à minha frente ela me apareceu.
Que mulher linda! Que maravilha de fêmea!
Belisquei-me pra ver se estava dormindo.
Aquela aparição era coisa de outro mundo.
O que faria uma mulher tão linda ali?
Consegui, num esforço, apenas gaguejar:
- Como foi que chegaste até aqui, lindeza?
- Vim te buscar meu querido, pra passearmos.
- Vamos de hoje em diante caminhar nas nuvens.
- Temos uma longa estrada para percorrer.
- O nosso tempo aqui na terra terminou agora.
Agarrei-me no catre da cama como louco.
Tarde demais. Gritar não adiantou. Fuiiiiiiii.
Talvez, como eu, ninguém imagine,
O formato e o momento da partida.
Dependerá muito da nossa evolução.
Assim como nascemos morreremos.
O desenlace pode ser dolorido ou não.
Com ternura, paz e amor são para poucos.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 05/11/2012
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