LÁGRIMAS
Tantas lágrimas foram derramadas;
Tanto tempo na crucial espera.
Quanta esperança e cavalgadas;
Fruto de pensamentos e quimera.
Lágrimas que simplesmente rolaram
Molharam e umedeceram o chão.
Os deuses do amor até cantaram,
Sem conseguir atingir teu coração.
Olhos encharcados e embargados,
Quase cegos não vimos o teu vulto.
Assim do mundo então desligados
Como na prisão buscava indulto.
Nos olhos já cansados as lágrimas
Que cegavam invadindo a alma,
Como na feroz luta de esgrimas,
Tentávamos ainda manter a calma.
Mas choro e as lágrimas do mundo
É natural e comum aos amantes.
Basta que se perceba num segundo
Que pro coração são bem importantes.
Todo homem que muito ama chora
Um dia qualquer durante a vida.
Mas se derrama lágrimas na hora,
Não deixa a alma enraivecida.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 12/08/2012