BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE E BOA SORTE. QUE DEUS NA SUA INFINITA BONDADE NOS ILUMINE HOJE E SEMPRE.
CLEMENTINO, poeta e músico de São Sebastião-SP
Paraíso dos poemas e canções de um poeta e músico caiçara
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O QUE É INFELICIDADE
 
 
                    Ser feliz, estar feliz, permanecer feliz, ter sido feliz ou almejar ser feliz futuramente e sempre. Quer me parecer ser esse o anseio de todo ser humano.
                    Segundo alguns dos nossos dicionários felicidade é um estado de espírito, estado de feliz.
                    O problema é que nós seres humanos ainda não sabemos definir esse estado de felicidade. A rigor confundimos os momentos felizes com os infelizes. Confundimos as dificuldades, os contratempos, as casualidades com infelicidade. Muitas vezes vamos além, tentando consolar e fazer pessoas felizes quando nós mesmos estamos infelizes por dentro. Sã e conscienciosamente sabemos que isso é impossível.
                    Vou narrar, resumindo o máximo possível, um fato que se deu com o meu querido pai.
                    Após mais de sete anos doente e lutando contra tantas enfermidades e de luta para conseguir a sua aposentadoria (ele era servidor público, ex trabalhador do D.E.R.), internado no Hospital do Servidor Público em São Paulo, um dia recebeu através do Diário Oficial do Estado a notícia de que a sua aposentadoria havia saído.
                    Nesse dia eu e minha esposa fomos visitá-lo e ele, ali naquele leito, já cem por cento debilitado, caquético, sem nenhuma esperança mais de permanecer fisicamente vivo aqui neste plano, nos falou feliz: “TININHO, hoje estou muito feliz, pois sei que posso morrer em paz”. A Ana, agora está garantida com a minha aposentadoria e não vai ficar desamparada e nem precisando dever favor pra ninguém pra viver. O que ela vai receber dará pra viver até o fim da vida. (Ana é o nome da minha mamãe querida que também já partiu para o outro plano).
                    Passados exatamente um mês, sem que tivesse o prazer de receber o seu primeiro pagamento como aposentado ele desencarnou (morreu). Porém, nesse ultimo mês de vida falou conosco bem como com os demais filhos e parentes que o visitaram sempre repetindo feliz que Graças a Deus estava tranqüilo porque conseguira deixar minha mãe (Ana) amparada e com recursos.
                    Daí o porquê eu digo que a felicidade ou infelicidade não podem ser confundidas com os nossos momentos ruins ou difíceis. São passageiros. Se a gente não consegue ser feliz as vinte e quatro horas de um dia, da semana, do mês ou do ano sejamos conscientes de que as adversidades e obstáculos não podem ser atribuídos como infelicidade.
                    Aquilo que nos parece momentaneamente infelicidade pode ser a nossa própria felicidade futura.
                    Certa vez um cidadão após longos anos de trabalho ininterrupto conseguiu um mês de férias. Com algumas economias que conseguiu juntar comprou passagens aéreas para si e para sua mulher e filhos para fazer um passeio ao exterior. Uma semana antes, já com tudo preparado, hospedaria, malas prontas um dos meninos, seu filho do meio que tinha uns treze anos, quebrou uma das pernas quando jogava bola com outros garotos.
                    Foi aquela reclamação geral. Culparam o garoto, culparam os outros meninos que jogavam bola inocentemente com o seu filho acidentado; culparam o hospital pelo mau atendimento; achando que se fosse bem atendido teria condições de viajar assim mesmo, etc. Enfim, a viagem tão sonhada não iria acontecer. E esse cidadão ficou lamentando e reclamando da sua infelicidade.
.................... Numa visita ainda no hospital, os pais daquele cidadão, claro, avós do garoto, comentaram: “Se Deus quiser não há de ser nada. Logo esse menino estará correndo tranqüilo por aí novamente. E o passeio de vocês ainda vai acontecer. Não se aborreça com isso meu filho. Não se sinta infeliz, pois Deus sabe o que faz”.
                    Pois bem, o avião no qual eles estariam se tivessem viajado, dez minutos após decolar, explodiu no ar, matando todos os passageiros.
                    Será que esses dois casos que contei (ambos são verídicos) servem como exemplos?.
                    Felicidade a todos.
 






Nota:
A foto ilustrativa é do meu pai (Benedito Faustino da Silva) com o meu sobrinho Everton Rafael no colo.

CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 10/08/2012
Alterado em 10/08/2012
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