A DESPEDIDA
A luz azul clara dava o tom à suíte.
Cama e colchão king si se forrada com fineza e luxo.
Do hifi ouvia-se uma peça instrumental bem suave de extremo bom gosto musical.
Tudo formava um ambiente propício e convidativo a prática do amor e de sexo.
Nossos corpos trêmulos e apressados rapidamente se entrelaçaram famintos.
Nesse frenesi incomensurável, o prazer e o gozo vinham em abundância, nos estremecendo as entranhas.
E nessa volúpia quase animalesca os nossos fardos carnais fundiam-se um no outro como simbiose e sedentos, desesperadamente buscando e querendo mais.
Era um momento de entregas, sem restrições. Todos os movimentos viajavam para um mesmo ponto. O império dos sentidos superavam toda a expectativa. Até mesmo as nossas.
Ali, naquele momento tudo valia em se tratando de buli nação nos pontos erógenos.
Após tantos anos, nos parecia ser a primeira vez. Nunca existira uma conjunção carnal igual.
Mas não era a primeira vez.
Lamentavelmente era a despedida.