CORAÇÃO ARDENTE
Minha boca ficou estagnada.
Nossas línguas comandaram tudo.
A ardência das duas em espiral,
Enrolando-se uma na outra,
Cada uma adentrando-se mais.
E os teus beijos me ardem ainda.
A flagrância do teu perfume
Confunde-se com o meu hálito.
Num misto de doce e amargo,
Dos prolongados beijos ardentes.
Então em pranto, banhado de suor.
Acordo com o teu corpo ausente.
Esta sua ausência me corrói.
Consome-me diuturnamente.
Busco você em todos os cantos
Do nosso lar que continua pronto,
Vazio e ainda com as brasas
Acesas num coração ardente.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 07/08/2011