TORMENTOS
A rigor nos atormentamos graciosamente e sem qualquer motivo aparente. Tudo porque de forma equivocados, usamos e exercemos o nosso livre arbítrio. Contraímos dívidas, assumimos compromissos, fazemos promessas de coisas que não podemos cumprir.
A correria do dia-a-dia nos incomoda e nos estressa. O cotidiano do nosso trabalho nos deixa aflitos. O aviso do aluguel e contas pessoais em atraso nos atormenta. A notícia de que o nosso time do coração perdeu nos deixam injuriados e insatisfeitos. Muitas vezes saímos de casa pela manhã sem beijarmos nossos filhos e nossas companheiras ou companheiros. Sempre estamos surdos e cegos. Ouvimos mas não escutamos. Vemos mas não enxergamos. Muitos dos nossos irmãos saem para o trabalho e fisicamente não voltam mais. Suas vidas foram ceifadas.
O pior de tudo é que nosso tormento não passa de uma doença mental momentânea, mas nos afogamos nesse copo de água, incompetentes de reagir. Até porque nós mesmos criamos todos os embaraços da vida.
Enfim, desde um falso aperto de mão, até um casamento [união conjugal] mentiroso e interesseiro nos comprometemos e depois pelo meio do caminho ficamos atormentados e não conseguimos nos refazer e desfazer os enganos. Desta forma dilaceramos os corações de irmãos e entes queridos. Criamos discórdias e até guerras pelo mundo afora.
CLEMENTINO POETA E MÚSICO
Enviado por CLEMENTINO POETA E MÚSICO em 16/07/2011