ALTERCAÇÕES
Deixa de trelelê e de blá blá blá.
Pára, por favor.
Não agüento mais a sua voz.
De tanto lhe ouvir falar demais
Me stressei, vou explodir
Não consegui me segurar.
Esse seu trelelê é muito pra mim,
Faz-me um favor
Pára de falar, saia daqui.
Não posso responder, pra não brigar
Me deixa em paz, pra refletir
No que eu errei e corrigir.
Um dia eu quis lhe dar
Toda atenção que você pediu
Mas você não me ouviu
Pôs–se a rir de mim
E de zombar do meu amor
E não teve compaixão
Ai ai, só maltratou meu coração.
Esse seu tre-le-lê é demais pra mim
Pode se calar.
Já encheu demais e me zangou.
Porque você não vai
Conseguir mais
Me irritar como já fez
Não quero mais o teu amor.
Este seu trelelê e seu bla-bla-bla
Só nos fazem mal. As altercações
Nos faz sofrer
Vamos os dois deixarmos de brigar
Vamos sair, pra não voltar,
Com esta briga terminar.
Nota do autor:
Este poema tal como eu o criei e escrevi retrata uma discussão. Ou uma briga acirrada entre um casal bem desgastado no relacionamento, quando a separação já é eminente.
Infelizmente uma situação muito corriqueira entre nós seres humanos imperfeitos, frágeis, cheios de vícios e de quebra turrões. Dificilmente a gente transige.
Depois, gostando muito da sua dinâmica e rítmica, nele inseri uma linha melódica que acabou virando um samba-choro.
E, nesse diapasão de pensamento editei tudo e publiquei a musica com o título de ALTERCAÇÕES e letra com o título de TRE-LE-LÊ E BLA-BLA-BLA.
No dia 30/01/2012, durante o ensaio com a banda precisei pesquisar a letra, daí então percebi que não o tinha publicado como poema. Por essa razão aqui está para sanar a nossa falha.